Salve Deus!
Meu filho Jaguar:
Em uma bela Fazenda situada no
município de Ponta Porá, Estado do Mato Grosso, tendo como proprietário o
Sr. Germano Perez, com sua esposa Dona Guiomar Perez e seus três filhos...
Sua filha mais velha, bela
mocinha nos seus 14 anos de idade, cabelos compridos e louros, olhos
negros “rasgados”; a bela jovem chamava-se Justininha Perez.
Ali vivia em completa harmonia
esta honesta família. O Sr. Germano tinha grandes negócios de animais em
criação de variável qualidade. Apesar de sua nacionalidade paraguaia, já
sentia-se naturalizado brasileiro.
Em 1915, eu, Sebastião Quirino
de Vasconcelos nos meus 18 anos de idade, filho de dois velhos fazendeiros
de Mato Grosso, Joaquim de Vasconcelos e minha mãe, Dona Persínia Quirino
de Vasconcelos. Meus pais muito me amavam, por ser eu firme administrador
dos nossos bens...
Certo dia então, meu pai
chamou-me e deu-me uma quantia em dinheiro dizendo:
- Meu filho, já tens um pouco
de estudo e melhor seria para nós se não precisasse sair daqui. Porém,
podias ir até Ponta Porá comprar uma partida de gado e soltar nestas
invernadas. Esta é a melhor maneira de empregar o teu dinheiro. Dizem que
na Fazenda Perez, tem um gado sadio e por bom preço. Sim meu filho, em
breve casará e deves desde já cuidar do teu futuro. Vá meu filho,
aproveita estas invernadas.
Três dias depois destes
conselhos, equipei uma tropa de bons animais, com 5 vaqueiros armados com
seus Bacamartes(1) de chumbo grosso. Sim, era muito perigosa aquela
região, infestada de onças traiçoeiras... Levei também dois Comandantes,
peritos em guiar boiadas e um crioulinho por nome Zeferino, de minha
inteira confiança, pois o mesmo fora criado junto comigo fazendo nos
considerar irmãos. Porém, eu era bem claro e ele pretinho como piche.
Levamos cargueiros com apetrechos de cozinha. Com a bênção dos meus pais,
as recomendações de minha boa mãe, partimos com destino a Ponta Porá.
Gastamos longos 20 dias.
Ficamos conhecendo uma porção de lugarejos, onde parávamos para descansar
os animais...
Muitas moças namorei na minha
bela idade.
Então chegamos na bem formada
Fazenda de criações. Ao chegarmos fomos recebidos por um senhor gordo, de
aspecto bonachão. Veio ao nosso encontro dizendo ser o Sr. Germano.
Mandou-nos entrar e deu ordens para nos servir o jantar. Depois fomos nos
sentar na ampla sala de visitas, quando entrou uma mocinha com belas
tranças, em sua graça angelical. O senhor Germano disse:
- Justininha, minha filha!
Venha até aqui conhecer estes cidadãos. E, apresentando sua filha, nos
disse em seguida: - Esta é a minha filha mais velha; ela, coitadinha, é
muito acanhada e não gosta de festas, não sai de casa a não ser na casa de
sua tia, muito sistemática esta menina. Todos pegaram sua mão em
cumprimento. Porém, ao chegar diante de mim, olhamo-nos como se já
tivéssemos nos visto em outras eras. Senti arrepios percorrerem todo meu
corpo.
Depois de passar aquelas
primeiras horas, o senhor Germano propôs com Dona Guiomar, que era também
uma senhora muito alegre, dizendo:
- Vamos pegar os instrumentos e
cantar até a hora de dormir. Todos apoiamos a boa idéia. Vieram alguns
tocadores, chegaram também algumas mocinhas. Todos cantavam enquanto os
donos da casa, muito alegres, serviam bebidas, doces, biscoitos...
Passado algum tempo, ouviu-se
uma exclamação do velho fazendeiro ao deparar-se com sua filha Justininha
ali sentada. Sim, pois não era seu costume permanecer em reuniões daquela
espécie. O senhor Germano muito satisfeito com a transformação de sua
filha, disse:
- Justininha agora vai cantar
uma canção oferecida aos viajantes! Ela, muito acanhada, chegou perto de
um violonista e começou:
Meu amor nunca chega
Eu me canso de espera
A garça branca me disse
Que ele não ia demorar
Papaizinho me consola
Garça branca vai buscar
Não é mentira do papai
Meu amor já vem pra cá
Todos batemos palmas. Era uma
criança aquela bela criaturinha. Depois pediram que eu cantasse. Eu que já
me sentia todo apaixonado pela bela Justininha, segurei o violão e
comecei:
Morena minha morena
Morena dos sonhos meus
Lábios da cor de verbena(2)
Morena dos olhos meus
Deus por te fazer criança
Deu-te entre as flores mais
belas
Dando tua alma de esperança
O teu olhar de estrelas
Quero dormir em teus braços
Aos gozos do coração
Minha alma assim não resiste
Com tanta ingratidão
No mar de tuas madeixas(3)
Quisera me naufragar
Teus olhos negros me matam
De singeleza sem par
Ao terminar todos vieram
cumprimentar-me e o senhor Germano disse:
- Jovem! Tens uma bela voz.
Acredito mesmo que deixou muitos corações apaixonados...
Hora de dormir, todos foram se
retirando e eu fiquei ali junto de uma fogueira ainda meio acesa. Cheguei
a distrair-me pensando: É verdade. Sempre sonhei com uma criatura como
esta. Sinto mesmo ter matado toda a saudade que vivia alimentando sem
mesmo saber por quem. E, com toda aquela paixão, continuava com meus
pensamentos quando senti a presença de alguém chegando às minhas costas.
Virei-me e qual não foi a minha surpresa... Ali estava ela com sua saia
bem comprida, seus cabelos soltos a uma echarpe(4).
Senti fraquejar as pernas. Se
não estivesse sentado, por certo teria caído. Ela disse: - Meu paizito
mandou-me vir ter contigo, porque disse que tu és jovem de bela família e
sente-se triste aqui entre nós. Depois com uma “falinha” angelical
continuou: Sabe senhor Sebastião, eu quero que o senhor cante novamente
aquela canção, gostei tanto! E escondendo seu lindo rostinho perguntou: -
Foi para mim que o senhor cantou? Se foi para mim, recite-a agora, sem
música, quero ouvi-la novamente.
Eu que não tirava os olhos
daquela pequena fada, disse: - Dona Justininha, a senhora quando cantou,
disse que seu amor estava longe, porém já vinha para ti, é verdade que ele
existe e que teu pai bem o conhece? Responda-me porque eu a amo e quero
que seja minha esposa. Ela sorriu e respondeu:
- Não, não! Eu não tenho nenhum
amor... Sinto uma grande saudade, que eu mesma não sei de quem, só sei que
ele existe e um dia chegará e me levará para longe daqui. E, virando-se
para mim, perguntou: - O senhor vem de longe, muito longe?
- Sim! (Respondi e perguntei) –
E tu, tens coragem de casar-se comigo e juntos irmos embora?
- Sim, sim! (Respondeu ela) –
Se és tu o meu amor, casar-me-ei e partirei; isto é, se papaizito e
mamãezita consentirem. (e concluiu) – É verdade! Tu cantaste para mim.
Porém não gostei, porque parecia que olhavas com ternura para Marinalva,
aquela sirigaita(5) que eu não suporto... E tu também bateu palmas quando
cantou a Maura. Sabe? Não gostei. Fiquei um pouco sem graça, quase com
raiva e não quis mais cantar. Eu que já ia cantar uma canção tão linda
para você. (e concluiu com firmeza) quando você quiser alguma coisa, peça
para mim que eu mesma virei trazer-te. Pode dirigir-se a mim, ouviu? Não
precisas pedir nada as outras moças. Eu mesma o atenderei.
E ao ouvi-la, pensei: Como é
singular esta moça! Cada vez mais me sentia apaixonado por aquele anjo.
Disse-lhe então: - Justininha, nada quero com estas moças. Estou
apaixonado por você e quero casar contigo se teus pais consentirem. Amanhã
irei embora, e marcaremos um dia para eu voltar e pedir-te em casamento...
Logo depois chegou o senhor
Germano dizendo: - Meu rapaz, estás de parabéns, porque minha filha bem
parecia um bichinho e, no entanto, pelo que vejo tornou-se sua amiga.
Parabéns meu jovem, parabéns.
Sorri como resposta e fomos
dormir.
No outro dia bem cedo, entramos
em negócio do meditado gado, fiz o devido pagamento, juntei meus
empregados e tudo ficou pronto para partir. Na hora da despedida, fui ter
com os velhos. Senhor Germano contou-me então que tinha muitos anos ali e
que sentia vontade de passear um pouco com a família. Foi então que
ofereci nossa casa, ficando marcado assim: Logo que pudessem iriam passar
uns dias conosco em nossa fazenda. Justininha veio ao curral despedir-se
de mim. Disse-lhe que logo eles conheceriam também os meus pais. Ela saiu
chorando e eu senti algo atravessar minha garganta a sufocar-me. Parti com
meu povo, levando o gado que contava 500 cabeças. Passávamos por outros
lugares, porém eu não tinha mais alegria. Meu coração ficara ao lado da
pequena paraguaia. Os meus companheiros riam-se de mim dizendo: - A
paraguaia parece que prendeu o coração do patrãozinho! Os outros sorrindo
confirmavam: - É verdade, pelo que vemos vai ter festança em breve. E
continuavam brincando comigo.
Na verdade eu já sentia ânsias
de gritar aquele amor que me sufocava o peito. Notei então, que Zeferino
estava como eu. Sentindo vontade de saber a causa de sua tristeza, fui ter
com ele e ficando nós dois a sós, perguntei-lhe o que estava acontecendo.
Ele baixou a cabeça e disse quase a chorar: - Tiãozinho, é verdade, gostei
daquela crioulinha por nome Tianinha, que foi criada com Dona Guiomar. Não
sei Tião, mas se eu não me casar com ela, morro de paixão. E sei que ela
também morre.
Eu que tudo escutava fiquei
boquiaberto. Resolvi então contar a minha situação pela linda paraguaia, e
animei-lhe dizendo que tudo faria para vê-lo feliz. Ele ficou tão alegre
que agarrando-se ao Bacamarte, mirou ao alto disparando um tiro de salva
ao nosso colóquio. Sob o impacto do estampido, tivemos tanto susto que
quase caímos de costas. Depois sorrimos ao vê-lo alegre a dizer: - Vou me
casar com Tianinha, vou me casar! Convido a todos para o meu casório...
Depois daquele descanso,
seguimos novamente nossa viagem.
Assim, sofrendo e brincando
chegamos em casa. Minha mãe e meu pai já estavam preocupados e saudosos.
Fizeram grande festa à nossa chegada. Fui então ter com Martinha, minha
antiga namorada a qual muito surpreso me deixou. Nos meus dois meses de
viagem, ela ficara noiva de outro...
Nos dias mais calmos eu ia
contando aos meus pais tudo o que se passara na viagem, em casa do senhor
Germano e até mesmo como nos tratou o bom senhor. Cheguei a contar que
Zeferino pretendia casar-se com a Tiana, contando mesmo todos os
pormenores. Meus pais ficaram então simpatizando com a tal família, a
ponto de desejar sua visita.
Passara-se um ano e eu já não
tinha paz de espírito, senão pensar na minha bela paraguaia. Zeferino
começava a perder as esperanças. Foi então que chamei meus pais e pedi que
mandassem um portador com um convite ao senhor Germano para vir passar o
Natal conosco. Logo o mesmo partiu e ficamos à espera. Passados alguns
dias, chegou a notícia que chegava toda a família Perez.
Eu estava em um dos currais
quando quase sem fala, chega Zeferino correndo e agarrado em meus braços
gritava e pulava: - Chegaram! Chegaram! Ela já estava lá em casa. Saí
também correndo. Ao longe já se viam os animais parados à porta. Foram
dias de grandes festas, os velhos ficaram muito amigos e tudo era alegria.
Alguns dias depois foi celebrado o casamento de Zeferino e Tiana. Um mês
depois também o meu. Ela vestida de noiva parecia o símbolo da pureza,
porém os seus ciúmes eram os mais engraçados possíveis, todos riam dela.
Fomos morar em um retiro perto
da sede da fazenda. Lembro-me bem que já estávamos com dois meses de
casados e em uma das vezes que fomos visitar os meus pais, lá encontramos
umas moças, minhas primas que vieram de Parnaíba visitar-nos. Justininha,
ao vê-las ficou com raiva, dando suas birrinhas. Tive então que retirar-me
dando desculpas, que não podia ficar ali por motivo de visitar Zeferino.
Quando já íamos saindo minhas primas vieram ao meu encontro pedindo que
não fosse. Porém, Justininha ergueu-se com um gestinho altaneiro e disse:
- Respeite, ouviram? Ele é meu
esposo e quem manda sou eu. Por isso Sinhás Corujas, cheguem perto pra
ver...
Depois, virando-se para mim
falou: - E você, não gostou?
Fui até onde ela estava,
peguei-a nos braços e dei-lhe um beijo, sorrindo daquela cena.
Sim, meus irmãos, quando amamos
verdadeiramente, quando estamos com nossa alma gêmea, estamos com a mais
doce das mulheres, e em geral aquelas são, aos nossos olhos as mais
divinas e belas, originais! Por este amor perdoamos tudo, em recompensa do
que nos traz. Éramos eternos namorados, porém seus ciúmes continuavam. Eu
bem compreendia, a ponto de achar graça nos seus tão infantis caprichos.
Já estávamos com cinco meses de casados quando resolvemos passear na casa
de minha tia, onde eu estudara.
Tudo combinado, partimos. Todos
em casa gostaram da idéia.
Com todas as recomendações dos
velhos seguimos em direção à cidade de Parnaíba. Ao avistar o grande rio
senti medo; porém nada disse. Entramos naquela embarcação, em meio ao rio
senti que não estávamos seguros e segurei em meus braços o meu amor...
Senti a morte; porém, o resto
foi tão repentino que não posso bem descrever. Depois desta perturbação
escutei o grito de Justininha que me dizia:
- Tiãozinho! Saia de perto
dessa Coruja. E virando-se para uma moça que estava ali junto, continuou:
- Saia de perto do meu esposo, Sinhá Coruja! Ele é meu esposo, viu?
Vimos então, que a moça olhava
ao longe aquela fatal Chalana(7). Sim, a Chalana que acabava de afundar
nas águas do Parnaíba. Depois escutamos gritos de desespero... Olhamo-nos
e bem compreendemos que não éramos mais deste mundo exterior. Sim, ali
esperamos algum chamado para outras moradias.
Depois de algum tempo
assistimos quando chegaram os nossos restos mortais. Justininha tudo
reparava e ria achando graça de tudo. Porém, se alguma moça dizia qualquer
coisa a respeito do meu cadáver, ela brigava e dizia coisas que me faziam
rir. Tudo ali era novidade e motivo de riso para nós. Começava a escurecer
e então comecei a temer. Que devia fazer? Ela parecia um passarinho,
continuava junto a mim. Era o que me preocupava, sua inocência e sua
confiança em mim a tirava de qualquer pensamento mau. Chamei-a e disse:
- Justininha! Somos Espíritos e
o Mundo dos Espíritos me parece ser outro longe daqui. Vamos pedir a Deus
para que nos mande um Guia seu, para bem nos guiar, pois não sabemos o
caminho e temos que chegar até lá.
Ela começou a rezar a ladainha
de Nossa Senhora. Eu sabia apenas a Ave Maria, que minha tia havia
ensinado. Chegou então um Fidalgo(8) que disse chamar-se Netuno; porém,
tivemos medo e não queríamos acompanha-lo e então, começamos a sofrer de
um lado para o outro. De quando em vez, nos apareciam aqueles Espíritos
que mais pareciam bichos(9), vinham tentando nos agarrar, porém nós
começávamos a chamar por Deus e na mesma hora eles se afastavam.
Já estávamos cansados de tanta
perseguição, quando chegou novamente o Fidalgo e nos disse:
- Meus filhos! Sempre fui
protetor de vocês e no entanto temem, pois se esqueceram de mim. Agora,
escutem o que vou dizer-lhes... Nisso ia passando um casal de encarnados e
ele então confirmou: - Sim! Vocês são Espíritos! Vou dar-lhes mais uma
prova. Vá Tiãozinho, pegue Justininha e passem por eles, falou apontando o
casal. Sim, lembro-me, passamos por eles, o casal apenas revelou sentir
arrepios e continuaram caminhando. O período que passamos vagando começara
a nos deixar em dúvidas quanto a termos ou não desencarnado.
Voltamos então ao nosso
Instrutor e o mesmo disse:
- Agora vamos até onde está
aquele pequeno grupo de senhores. Era um grupo de homens que conversavam
animadamente sobre seus negócios materiais. Passaram-se alguns minutos
(nós entre eles) e começaram a sentir-se mal. Um queixava-se de sua
enxaqueca, outro dizia estar sentindo um grande peso nas costas... Enfim,
se foram deixando-nos a sós. Eu então perguntei a causa daqueles
transtornos naqueles senhores, que antes de nossa chegada pareciam nada
sentir. Ele sorriu e nos disse:
- Quando vocês passaram pelo
casal, tanto quanto em meio aos senhores, lhes foram fornecidos os
necessários fluídos(10), força vital. E levando-nos a um certo lugar(11),
continuou: Agora procurem ver o quadro dos seus feitos...
Foi então que tudo se clareou
para nós. Não tivemos mais medo do nosso Protetor, e seguimos a um Plano
de Readaptação(12).
Passamos então sob as
exigências da Hierarquia Espiritual.
Hoje, após várias Missões,
inclusive em nosso lar(12). Agora aqui estamos, integrados à Missão do
Grande Seta Branca. Somos também Jaguares, junto a vocês, Mestre Sol e
Mestre Lua, Doutrinador e Apará...
Salve Deus.
Com carinho,
A Mãe em Cristo Jesus.
Tia Neiva
NOTAS DO TEXTO
(1)
Bacamarte -
Antiga espingarda de cano curto e largo;
(2)
Verbena –
Espécie de flor vermelha;
(3)
Madeixa –
Porção de cabelo, mecha, trança;
(4)
Echarpe –
Faixa de tecido que as mulheres usam como adorno;
(5)
Sirigaita –
Mulher que sacoteia muito. Ladina. Tem resposta para tudo;
(6)
Chalana –
Pequena embarcação de fundo chato, costados verticais, proa e popa finas e
iguais, usada no tráfego de pequenos rios e igarapés;
(7)
Fidalgo –
O
Mentor Espiritual se apresentou ao casal com tipo de roupa (Indumentária)
que lembrava Fidalgos na terra;
(8)
Pareciam bichos –
Espíritos Sofredores adoecidos,
deformados;
(9)
Fluídos –
Fluído Magnético Animal, Força Vital, Ectoplasma;
(10)
Um certo lugar –
Tiãozinho não citou o nome,
mas, são vários “pontos” no espaço com esta função, no caso da “nossa
região” atual, essa espécie de contato é realizada num local por nome
“Pedra Branca”. Lá o Espírito recém desencarnado fica normalmente 07
(sete) dias, onde tem contato com imagens daquilo que fez e, sobretudo, do
que deixou de fazer quando encarnado;
(11)
Plano de Readaptação –
(Nosso Lar) Importante Casa
Transitória do Mundo Espiritual, similar ao Canal Vermelho (Plano de
Readaptação). Há inclusive uma obra literária muito conhecida, sob o mesmo
nome, editada por Francisco Cândido Xavier, ditada pelo Espírito André
Luiz;
(12)
Tiãozinho e Justininha –
Com o início da missão de Tia
Neiva, Tiãozinho recebeu incumbências junto a ela, principalmente devido
aos laços espirituais que os unem há séculos. Manifestava-se através da
Clarividente de maneira alegre e simples, falando numa linguagem natural
do interior de Mato Grosso, aparentemente simplório. Todos ficavam à
vontade e ele alegremente ia proporcionando Mensagens, profundas lições de
amor, batendo palmas, manipulando... Em Capela (*) seu nome é STUART,
um Engenheiro Sideral. Tem o Comando de sua própria Nave (**) e é
responsável pela “Torre de Desintegração”(***). A história registrada
nesta pequena obra, narra sua última encarnação neste planeta, quando
reencontrou-se com Justininha, sua Alma Gêmea, e pouco tempo depois do
casamento, morreram afogados no naufrágio de uma balsa.
(*) Capela –
Planeta Mãe, Origem;
(**) Nave –
Nave que vem de Capela (Amacês,
Estufas, Chalanas);
(***) Torre de Desintegração
– Localizada “num
ponto do espaço”, onde tanto os Espíritos (Capelinos) quanto suas naves,
por ali passam, desintegram sua condição molecular natural, passando para
“Matéria Etérica”, assim operando entre nós.
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